O ano deve fechar para o presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), com sua reeleição para a presidência da Mesa Diretora e a garantia da suplência na Câmara dos Deputados para a mulher dele, a ex-prefeita de Itapemirim Norma Ayub (DEM). Mas se comparado à extensa carreira política do demista, 2016 não foi um de seus melhores momentos. Longe disso.
Ferraço saiu da disputa municipal sem nenhuma vitória em sua principal base política, o sul do Estado. Além da derrota de Norma Ayub na tentativa de retornar à prefeitura de Itapemirim, o deputado também não conseguiu puxar votos para seu candidato em Cachoeiro de Itapemirim, Jathir Moreira (SD).
Também perdeu em Marataízes e Piúma. A vitória de Edson Magalhães (PSD) em Guarapari não teve mais o conforto de disputas anteriores no município. Isso representaria uma perda de influência política dos aliados de Ferraço que se reflete na disputa de 2018.
A chegada de Norma Ayub à suplência de deputada federal, com a eleição de Max Filho (PSDB) em Vila Velha, acontece na metade do mandato e, com a perda do capital no sul, o deputado terá dificuldade em conseguir ajudar na reeleição da demista.
Com apenas dois anos pela frente, o tempo é curto para que ela possa se fortalecer o suficiente para garantir uma reeleição confortável. Em Vila Velha, onde Ferraço ajudou Max a vencer a disputa, a conta já foi paga com a suplência para Norma, logo, o tucano não teria mais compromisso em pedir votos para Norma em 2018.
A situação é tão delicada para Ferraço que hoje o Palácio Anchieta já não vê problemas em sua reeleição e o projeto de lançar Rodrigo Coelho (PDT) estaria esfriando nos bastidores da Casa. Reeleito para o quarto mandato à frente da Mesa Diretora, o demista já não representaria riscos para o governador Paulo Hartung (PMDB).
Quanto ao seu próprio futuro, os meios políticos apostam em mais uma disputa de deputado estadual, em que o demista vence, mas não com o peso das eleições anteriores, em que figurou entre os mais bem votados.
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