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XII Caminhada Litorânea de Marataízes 2017 “200 anos da Revolução Pernambucana de 1817“ “Domingos José Martins – Herói Nacional”

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“Especial 200 Anos da Revolução Pernambucana de 1817: Domingos José Martins – Herói Nacional”

A Revolução Pernambucana foi um movimento de caráter emancipacionista ocorrido em Pernambuco no ano de 1817. É considerada um dos mais importantes movimentos de caráter revolucionário do Período Colonial Brasileiro, e por muitos é sedimentada a ideia de precursora da Independência do Brasil em 1822, daí sua importância histórica. Entre as causas da Revolução podemos enumerar a insatisfação popular com a chegada e funcionamento pródigo da Corte Portuguesa no Brasil, desde 1808, com grande quantidade de portugueses em cargos públicos, e o consequente aumento abusivo de impostos e tributos; influência dos ideais iluministas, principalmente os que criticavam duramente as estruturas políticas da monarquia absolutista, com as ideias da Revolução Francesa, “liberdade, igualdade e fraternidade” ecoando entre os pernambucanos; crise econômica que abatia a região, provocada pela queda nas exportações de açúcar, gerando forte desemprego, e ainda a fome e miséria, que foram intensificadas com a seca que atingiu a região em 1816. O movimento pernambucano tinha como objetivo principal a conquista da Independência do Brasil em relação a Portugal. Queriam implantar um regime republicano no Brasil e elaborar uma Constituição. Ao saber da organização da revolta, o Governador de Pernambuco ordenou a prisão dos envolvidos, porém, os revoltosos resistiram e prenderam o Governador. Após dominar a cidade de Recife, os revoltosos implantaram um governo provisório. Para conquistar o apoio popular, o governo provisório abaixou impostos, libertou presos políticos e aumentou o salário dos militares. Os rebeldes enviaram emissários para outras províncias do norte e nordeste para derrubar os governos ligados a Corte Portuguesa e ampliar a revolução, no entanto, sem apoio popular significativo, estes movimentos não avançaram. Preocupado com a possibilidade de ampliação da revolta para outras províncias, D. João VI organizou uma forte repressão militar contra os rebeldes pernambucanos. As tropas oficiais cercaram Recife. Os combates duraram 75 dias, resultando na derrota dos revoltosos, sendo os líderes condenados a morte. Domingos José Martins nasceu em 09 de maio de 1871, no Município de Marataízes, sul do Estado do Espírito Santo, hoje onde está o Monumento Natural Municipal Falésias de Marataízes. Filho do Capitão de Milícias Joaquim José Martins e D. Joana Luíza de Santa Clara Martins, prima do marido e nascida na Bahia. Depois o Capitão comandava o “Quartel” de estrada, criado em 1810, em frente à Ilha das Andorinhas na localidade (praia) de Boa Vista, ao Especial 200 Anos da Revolução Pernambucana de 1817 XII Caminhada Litorânea de Marataízes – 5 sul de Marataízes, ali localizado para fiscalizar e impedir o desembarque clandestino de africanos. O quartel também servia de apoio e proteção aos viajantes dos ataques dos índios Botocudos e Puris. Domingos Martins estudou em Vitória, Capital do Espírito Santo, e completou sua educação e formação em Portugal, seguindo depois para Londres, onde se empregou na firma portuguesa Dourado Dias & Carvalho, chegando a condição de sócio da firma. O REVOLUCIONÁRIO Domingos Martins na Revolução de 1817, emergiu de maneira brilhante e singular. Pelas próprias circunstâncias de sua vida, era homem dono de grande capacidade de revolução. Os que na época trataram com ele, pintam-no com grande capacidade de liderança. Maçom fizera em Londres amizades nos ambientes liberais e um de seus amigos mais próximos foi o General Miranda, que lutara na Guerra de Independência dos Estados Unidos, vindo da França com as tropas de Dumouriez. Miranda participara também de uma tentativa de emancipação da Colômbia, em 1805, sufocada pelos espanhóis, e seu sonho se concretizou com Simón Bolívar, ao mesmo tempo em que ele morria no cárcere, na Espanha. Inegavelmente, Domingos Martins foi um observador inteligente que percebeu a evolução das ideias liberais na Europa e bem compreendeu as aspirações particularistas latino-americanas, e então Pernambuco deveria ser para ele um capítulo glorioso de todo esse processo. O MARTÍRIO E GLÓRIA: Domingos Martins foi derrotado, foi preso e enviado à Bahia, sendo fuzilado em 12 de junho de 1817, no Campo de Pólvora hoje conhecido como Campo dos Mártires em Salvador BA. Domingos José Martins foi homenageado pela Polícia Civil do Estado do Espírito Santo que o escolheu como patrono, assim como é patrono do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES) em Vitória, cuja data de fundação remete a 12 de junho de 1916, 99 anos após a sua morte. Além de ser nome de Escola em Marataízes, a E.E.E.F. Domingos José Martins, nome do antigo Prédio da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, chamado de Palácio Domingos Martins, foi também homenageado dando nome a um importante Município nas Montanhas Capixabas. No dia 16 de setembro de 2011, a então Presidente da República, Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.488, de autoria do Deputado Federal Maurício Rands, que inscreveu o nome de Domingos Martins no Livro dos Heróis da Pátria (ao nível de Tiradentes), o qual está depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.

 

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