Neste 01º de Dezembro, o Centro de Referência em Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids) da Secretaria de Saúde de Vitória (Semus) comemora 30 anos de existência. Hoje, também é celebrado o Dia Mundial de Combate à Aids, que tem por objetivo alertar toda a sociedade sobre essa doença.
A data, que foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde, é celebrada no Brasil desde 1988, um ano após a Assembleia Mundial de Saúde que fixou a data de referência.
Para marcar a data, a Semus realizou uma confraternização no Centro de Referência, que contou com a presença da secretária de Saúde, Joanna De Jaegher, da subsecretária de Atenção à Saúde, Fabrícia Forza, da diretora do Centro de Referência, Martha Santos Machado, entidades parceiras, representantes de Conselhos, pacientes e funcionários, entre outros.
Para a secretária de Saúde de Vitória, Joanna De Jaegher, celebrar os 30 anos do Centro de Referência é muito importante, pois vem consolidar a importância da união entre todos os envolvidos no trabalho de prevenção e tratamento das infecções sexualmente transmissíveis.
“Estou muito honrada e feliz em estar aqui com vocês. Parabéns a todos os servidores que acolhem as cerca de 2.200 pessoas que são atendidas aqui no serviço. E celebrar o Dia Mundial de Luta contra a Aids reforça a importância de olharmos para esta data de forma responsável, enfrentando as desigualdades e priorizando e ampliando acesso aos serviços de tratamento, testagem e prevenção”.
A diretora do Centro de Referência IST/Aids, Martha Machado, atua no serviço há 20 anos. “Trabalhar aqui é uma grande desafio mas também é muito gratificante. Nós acolhemos cerca de 2.200 pessoas, incentivamos, apoiamos e alertamos sobre as principais formas de prevenção. Estamos imensamente felizes em receber vocês. Essa é uma data extremamente importante de mobilização. É importante que a população entenda que, apesar da Aids ser uma doença que não tem cura, o tratamento é ofertado pelo SUS. Também é preciso quebrar o preconceito com as pessoas portadoras”, disse a diretora do Centro de Referência, Martha Santos Machado.
“Eu vivo com HIV/Aids há 24 anos e estou à frente dessa luta, porque, assim como eu hoje vivo feliz, saudável e realizado, que quero mostrar às pessoas que elas não estão sozinhas. Viver com HIV/Aids hoje não é fácil. Por isso, a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids está sempre presente, buscando o diálogo, a parceria, para que nós, que recebemos o diagnóstico de HIVou que estamos em manutenção do HIV e para que novos casos que surjam, tenhamos esse serviço aqui recebendo as pessoas de portas abertas. Hoje é dia da gente reforçar a importância sobre a conscientização dessa luta, desse movimento”, disse o representante estadual e municipal da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, Sidney Parreiras de Oliveira.
Aids
O município de Vitória, de acordo como o Boletim Epidemiológico Estadual de 2021, tem 3.300 pessoas vivendo com HIV/Aids. Em 2022, até o dia 23 de novembro, foram registradas 104 novas notificações.
“A incidência maior ainda é em homens, na faixa etária de 20 a 39 anos. Quanto a orientação sexual, homens que fazem sexo com homens, gays e transexuais ainda é de maior incidência. Mas temos observado um aumento significativo na incidência entre adolescentes e mulheres heterossexuais. O Centro de Referência em IST/Aids atende 2.200 pessoas vivendo com HIV e temos 300 pessoas que fazem uso de profilaxia pré exposição (PrEP)”, destacou Cyntia Gomes, referência técnica em HIV/Aids da Secretaria de Saúde de Vitória.
Centro de Referência IST/Aids
O Centro de Referência em Infecções Sexualmente Transmissíveis atende cerca de 2.200 pessoas vivendo com HIV, com consultas, medicamentos, exames e orientações.
O Centro de Referência também realiza Profilaxia Pós Exposição Sexual (PEP Sexual) e Pré-Exposição Sexual (PREP Sexual) com o objetivo de prevenir a infecção por HIV.
O serviço fica localizado na rua Cais de São Francisco, 54, Centro, Parque Moscoso (primeiro andar sobre a Unidade de Saúde Vitória).
OMS
A OMS definiu nova meta para acelerar resposta ao HIV até 2030, estabelecendo que 95% de todas as pessoas vivendo com HIV conheçam seu diagnóstico; 95% das pessoas diagnosticadas recebam tratamento antirretroviral e 95% das pessoas em tratamento possuam carga viral indetectável e não transmitam o vírus.
É importante ressaltar que os métodos de prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento estão disponíveis pelo SUS. Todos os cidadãos podem ter acesso ao diagnóstico, que é realizado nas Unidades Básicas de Saúde.
Prevenção
As unidades de saúde disponibilizam gratuitamente preservativos e realizam testes rápidos para diagnóstico do HIV/Aids, da sífilis e das hepatites virais B e C, além de orientar sobre prevenção e sobre o tratamento adequado para cada infecção.
Centro de Referência Ist/Aids de Vitória comemora 30 anos