“Caranvix representa nossos mangues. O caranguejo está presente em nossa rotina diária, principalmente no lugar onde eu estudo, na Ilha do Príncipe, na Escola Moacyr Avidos. Para o 50º Jemvi, ele representa a coletividade, o respeito pelo outro, a agilidade, a força no ataque ao predador e sempre em busca da água, nosso bem mais precioso. Atleta hidratado é atleta com boa postura para a realização dos treinos e dos esportes.”
Assim a estudante Analis Prado, do 6º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental em Tempo Integral (Emef TI) Moacyr Avidos, apresentou sua proposta para o mascote da 50ª edição dos Jogos Escolares Municipais de Vitória (Jemvi). E foi o desenho dela o escolhido pela Secretaria de Educação de Vitória para representar o Jemvi, cuja abertura está marcada para 19 de setembro.
“Na aula de Artes, o professor Conrado compartilhou com a gente sobre o patrimônio de Vitória. Para fazer o mascote, ele ensinou a gente sobre as Copas e as Olimpíadas em que existem os mascotes que representam os jogos. Eu criei o CaranVix para ser o mascote representando a ilha de Vitória. É o primeiro concurso que eu ganhei, fiquei feliz. É importante participar e dar o seu melhor”, comemorou a vencedora.
Ela concorreu com outros dez estudantes, que também foram inscritos por suas escolas para concorrer ao prêmio. Cada unidade de ensino poderia enviar, no máximo, três inscritos, após realizar uma seleção interna. Participaram as Emef Izaura Marques da Silva, em Andorinhas; Padre Guido Ceotto, em Jardim Camburi; e Vercenílio da Silva Pascoal, em Joana D’Arc, além da Emef Moacyr Avidos, onde estuda a vencedora, que receberá um kit esportivo.
A comissão da Seme justificou a escolha “levando em consideração a originalidade, a capacidade de representar a cidade de Vitória, a regionalidade, o significado que foi atribuído ao Jemvi e à sua 50ª edição, a composição com as cores da bandeira de Vitória e a criatividade do nome”.
Como foi criado o mascote
Professor de Arte da Emef TI Moacyr Avidos, Conrado Leal utilizou o concurso para mascote do Jemvi para trabalhar simetria e assimetria, desenho de rosto, humano e personagens, retrato e autorretrato, rostos e expressões com as turmas e também sobre o patrimônio material e imaterial capixaba.
“O concurso rendeu muito conhecimento e trocas sobre o entorno dos estudantes, sem sair da sua zona de localização geográfica. Os principais objetivos eram planejar e criar trabalhos em artes visuais, a partir do próprio repertório imaginário, de princípios conceituais e de proposições temáticas, dialogando sobre a própria criação. Identificar e diferenciar patrimônio natural, material e imaterial, reconhecendo-os em sua cidade. Reconhecer patrimônio artístico histórico e cultural brasileiro como seu tempo-espaço de vivência”, contou o educador.
Com as turmas, foram desenvolvidas atividades de desenho, expressões faciais, pesquisas sobre os mascotes das Copas do Mundo e Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, para ter um suporte de como criar um mascote que representasse a ilha de Vitória.
“Eu trabalhei muito com os estudantes a questão do participar, destacando que haveria concorrentes de outras escolas. Apresentei vários mascotes de eventos, falei sobre o processo de escolha. Ao mesmo tempo, trabalhei o patrimônio material e imaterial de Vitória, que foi o que inspirou as criações dos estudantes. Falamos sobre a panela de barro, o caranguejo, as tartarugas, a Pedra da Cebola, o Penedo, as pontes, a arquitetura, a pedra dos dois olhos, o mercado da Vila Rubim, por estar muito próximos aos estudantes, fazendo parte do seu cotidiano”, destacou.
Participaram as turmas do 4º ao 9º ano, somando 241 estudantes envolvidos.
“Além de conhecer ainda mais o bairro, a cidade onde moram, eles estão enriquecendo o imaginário artístico e cultural, eu falo muito do acervo imagético nessa primeira fase da escola, isso lá na frente vai abrir ainda mais possibilidades de criações, inspirados em grandes artistas, sejam eles locais, nacionais ou internacionais”, afirmou.
Conheça o Caranvix, mascote da 50ª edição dos Jogos Escolares de Vitória