O grupo de estudantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde), que atuam na unidade básica de saúde (UBS) de São Cristóvão, desenvolveu um Mapa Inteligente para Gestantes e puérperas, considerando o perfil de saúde e em quais equipes cada uma delas está cadastrada. Segundo os profissionais, o Mapa auxilia muito na visibilidade clara e rápida das principais características dessas mulheres e do ambiente em que elas moram, auxiliando principalmente no monitoramento das gestantes que estão em algum grupo de risco.
“Os perfis de saúde consideram vários indicadores importantes, tais como a semana gestacional em a gestante começou o pré-natal, se é adolescente, se tem sífilis, se realizou consulta odontológica, se faltou a alguma consulta agendada. Esse monitoramento faz toda a diferença para a saúde dessas mulheres e dos recém-nascidos. Além disso, o Mapa também pode nos mostrar temas que seriam importantes abordarmos com a população”, explicou a enfermeira Elaine de Aguiar Martins, tutora da Secretaria de Saúde de Vitória (Semus) no projeto PET Saúde.
Além do monitoramento e atualização do Mapa, as estudantes também preparam ações de promoção da saúde como orientações na sala de espera de consultas, organização de grupos de gestantes e visitas aos recém-nascidos e puérperas.
O Mapa
A ideia do Mapa Inteligente para Gestantes surgiu após um curso de territorialização na Escola Técnica do SUS de Vitória (ETSUS). A estudante de enfermagem Ilona Açucena Chaves Gonçalves, lembrou do Mapa Inteligente do Território e com a ajuda das demais alunas do projeto, o adaptaram para o tema do PET Saúde.
“A ideia era que a visualização desse o máximo de informações de forma rápida e fácil, para todos os profissionais de saúde, principalmente os Agentes Comunitários, por estarem em contato constante e direto com a comunidade. Com o Mapa conseguimos monitorar melhor as gestantes atendidas na unidade”, explicou a estudante de enfermagem Luíza Dutra.
A professora de Enfermagem da Ufes, Daniela Vieira, que é preceptora das estudantes do curso, ressalta que a o foco do grupo na unidade é qualificar a assistência. “Com certeza, o atendimento às pacientes após planejamentos de ações voltadas às suas demandas se torna mais qualificado”, afirmou.
As estudantes destacaram como um diferencial do projeto a participação no planejamento das ações “No estágio que fizemos antes, a equipe planejava e nós participávamos da execução das ações. Mas agora nós geramos o planejamento e levamos pra equipe, pensando em como chegar nos objetivos, quais ações realizar, de forma articulada com todos”, afirmou Nicole Ribeiro.
A estudante de odontologia Rayssa Thompson destacou a integração com profissionais de outras áreas da saúde “A integração entre as profissões com diferentes pontos de vista que se complementam. De fato estamos vendo na prática como trabalha uma equipe multidisciplinar”, afirmou.
PET Saúde
Desde agosto, 14 docentes e 56 estudantes dos cursos de Farmácia, Fisioterapia, Serviço Social, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Terapia Ocupacional estão atuando em quatro unidades de saúde e gerências da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória (Semus) como parte do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde), do Ministério da Saúde.
O PET-Saúde tem como pressuposto a educação pelo trabalho, sendo um importante dispositivo, voltado para o fortalecimento das ações de integração ensino-serviço-comunidade, por meio de atividades que envolvem o ensino, a pesquisa, a extensão universitária e a participação social.
Os projetos aprovados pelo Ministério da Saúde a serem desenvolvidos em Vitória foram “Redes de Atenção – Saúde da Mulher no Ciclo Gravídico-Puerperal na Atenção Primária”, em parceria com a Ufes e “Atenção à Saúde das Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus na Atenção Primária à Saúde”, em parceria com a Emescam.
Estudantes da Saúde criam Mapa Inteligente para Gestantes em São Cristóvão
